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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

A semana não foi dele

Na semana em que duas das mais conhecidas e divergentes revistas do país trazem em suas capas a mesma foto de Fidel, o que me chama a atenção é a realidade das prisões do Brasil estampada na capa da Super Interessante.

Uma colega de trabalho me trouxe a Veja dizendo que na capa tinha uma personalidade de que eu gostava. Junto com a Veja, uma Super Interessante tímida no andar de baixo. Mal folhei a Veja. Fui direto para a matéria de capa da opção número 2. Não consegui desviar os olhos até terminar de ler todos os boxes com as principais chamadas da reportagem. Uma reportagem que mostra a realidade e a rotina de pessoas que a maioria prefere não ver.

Mas não estou por aqui para discutir política nem para propor soluções para o sistema carcerário do país. Falei de tudo isso para voltar ao ponto de partida: a foto repetida.

O fotógrafo que produziu essa foto e a vendeu para as duas revistas, aproximou a grande mídia de uma realidade cada vez mais presente em veículos menores. A internet chegou e deu acesso a tudo para todos, de forma que é cada vez mais comum capas de jornais e revistas praticamente iguais. E isso não é "privilégio" apenas da imprensa. As agências de propaganda e os fotógrafos também sofrem com isso. As agências com a agústia de encontrar outra campanha com a "cara" da sua. Os fotógrafos por estarem sendo preteridos em relação aos bancos de imagens ou, o que é pior, as fotos roubadas da grande rede. A foto de capa das grandes revistas não foi roubada e também não pertence a um banco de imagens qualquer, mas, ainda que não, nos remete a isso.

1 comentários:

Anônimo disse...

A reportagem da Super não impressiona quem já leu "Estação Carandiru" (Drauzio Varella), "Rota 66" e "Abusado" (ambos de Caco Barcellos). Portanto, preferia discutir Fidel -o último mito, uma obra complexa e inacabada...