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terça-feira, 28 de junho de 2011

Chico Buarque e Caetano Veloso

Poucos conseguem tanto destaque na Veja quanto o Chico Buarque. Um mês antes do lançamento oficial de seu novo CD, ele figura com destaque no site, aparece como a notícia mais lida do dia há dias e ainda saiu na edição impressa. Tudo isso com viés negativo já que o compositor escreveu um verso onde fala das dificuldades em se amar uma “mulher sem orifício”.

De fato alguma razão a revista tem já que o verso soa verdadeiramente estranho. Mas o que importa é o que hoje os internautas chamam de “buzz”, que pode ser traduzido como “repercussão”. As vésperas do lançamento do novo trabalho, estar como a notícia mais comentada do site da terceira maior revista do mundo, só pode ser visto como mais uma grande vitório do Chico. Em pré venda seu disco já vendeu muito além do esperado principalmente em tempos de pirataria onde abestalhados aguardam o lançamento do original para correr para a 25 de março achando que estão fazendo grande negócio.

Outro ponto conquistado pela MPB foi o lançamento em CD e DVD do show que o Caetano Veloso fez com a Maria Gadú. Foram poucas e pontuais apresentações. Confesso que tive a chance de ir em uma delas e não fui por preconceito. Não sei ao certo porque, mas não gostava da Maria Gadú. Esse “não sei ao certo porque” é o indício cabal do preconceito. Eu não conhecia a cantora, havia ouvido muito pouco do seu repertório e simplesmente preferi dizer que não gostava sem ao menos conhecer. Que burrice.

Agora que o show foi lançado e que eu ganhei o DVD quis comprar o CD na sequencia. É maravilhoso. Caetano retoma aqueles sucessos com viés provocativo como “Podres Poderes” e “Vaca Profana” e também passeia por belas pérolas como “Desde que o Samba é Samba” e “Sampa”. Como se não bastasse o repertório e a interpretação dele, a Maria Gadú não deixa nada a desejar. Suas canções são bonitas, ainda que incomparáveis as do Caetano, e sua voz e ritmo são ímpares. É bonito ver os dois trocando versos e se divertindo um com o outro.

Ficam as dicas. Fazia alguma tempo que não falava sobre música aqui mas essa foi uma das motivações iniciais desse blog. Tenho outras coisas bacanas sobre isso para falar mas fica pra depois. Ah, e abaixo estão os vídeos com duas das músicas citadas acima. Boa diversão!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Vaca profana

Podres poderes

terça-feira, 5 de abril de 2011

João Gilberto antecipou o fim do e-mail pessoal!

De uns tempos para cá tenho percebido uma queda brusca em e-mails úteis pessoais que recebo. Falo e-mails “úteis”, pois dessa lista estou excluindo todo tipo de spans, publicidade, vírus e mensagens indesejadas. Está difícil receber algo de útil, uma carta, uma mensagem ou mesmo um convite para um chopp.

Quando o e-mail surgiu e passou a fazer parte do dia a dia da população em geral, muitos o condenaram por estar acabando com o relacionamento cara a cara entre as pessoas. Eu acho sim que o e-mail deixou o relacionamento entre amigos e parentes muito mais frio. Mas ele não era o vilão dessa história, o vilão é a nossa rotina, cada vez mais conturbada e atropelada que não nos deixa tempo para nada, nem para um telefonema para um amigo querido.

Agora, percebo que o e-mail pessoal também está acabando aos poucos. Ele, que já era frio, está perdendo espaço para algo gelado. Agora tudo está sendo feito através de blogs, microblogs e sites de relacionamento. As conversas entre amigos ficaram ainda mais frias já que estão sendo “supervisionadas” por todos. Já perceberam que as pessoas estão usando esses canais para, por exemplo, dizerem aonde estão aos amigos. De uma vez por todas, excluímos o telefone e o e-mail, não nos comunicamos com quem gostamos, com a desculpa de que todos estão avisados através de um “check-in” ou de uma foto publicada no Facebook e no Twitter.

Eu uso o Facebook, Twitter, Orkut, tenho esse blog e por aí vai. Não pretendo me desfazer dessas ferramentas, mas estou preocupado com esse tipo de comunicação que estamos estabelecendo entre amigos. Passamos o dia trabalhando e interagindo com colegas de trabalho, o que acaba por criar grandes amizades. Mas as amizades antigas ficam relegadas ao segundo plano. Relegadas ao plano do acompanhamento distante através da internet.

Levando essa linha de raciocínio mais para a frente, podemos imaginar que João Gilberto sempre esteve certo. Li certa vez que ele costuma ligar para um amigo, pedem pizza cada um na sua casa e jantam conversando por telefone. Cada um comendo sua pizza, na sua mesa, na sua casa. Na época isso me pareceu o fim dos mundos, mas agora vejo que não é. Era sim o presságio do que está acontecendo hoje, só que em uma versão off-line.

Nós estamos fazendo exatamente o que João Gilberto já faz há anos. Chegamos aos lugares, publicamos na internet e nos satisfazemos em saber que nossos amigos estão em outros lugares ao mesmo tempo que a gente. Um manda uma mensagem ao outro, eu peço uma cerveja aqui e meu amigo outra por lá e ficamos felizes. Não é raro amigos trocarem fotos no Twitter do drink que estão bebendo ou do prato que estão comendo para que todos saibam. Agora que comparei isso a estratégia adotada pelo João Gilberto estou achando as duas estranhas. A dele menos e a nossa mais.

Bem, pelo menos nesse quesito podemos dizer que chegamos perto de João Gilberto, porém ainda sem a visão e a genialidade dele. Está de bom tamanho. Não seria qualquer um mesmo a antecipar o fim dos e-mails pessoais!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Volta ao mundo em oitenta palavras

Estou com dificuldade em retomar minha “carreira” de blogueiro. Apesar de adorar este espaço, sinto falta de comentários, discussões, interação e troca. Acabo por escrever bons textos, lidos por poucas pessoas. Não que essas pessoas não sejam boas, pois são. Mas elas são poucas. Muito poucas. Talvez esteja na hora de adotar uma postura de marketeiro, que eu sou, para alavancar a audiência desse espaço.

Para isso, alguns adotam a estratégia de republicar inutilidades de outros sites de modo que a procura popular por bobagens traga “leitores” para os textos intercalados com porcarias. É um jeito fácil, porém chato de atrair poucos e ruins.

Quero atrair mais gente pelo que escrevo. Quando eu tinha uma coluna na página 2 do Jornal de Limeira, me sentia mais valorizado como colunista. A coluna realmente era lida por muita gente e realmente comentada. Era legal sair na rua e ser abordado por quase desconhecidos comentando o que eu escrevia. Ou então ouvir meu pai comentar sobre as pessoas que comentaram meus textos. Será que eu não conseguiria uma página na Veja para uma coluna semanal que retomasse esse contato com público? Sonhar não custa nada, afinal, a redação está no andar de cima!

De qualquer maneira escrecer esse desabafo me deixou feliz. Gosto de compartilhar com o mundo, pois essa é a sensação de ter um blog, o que estou pensando. Ainda que poucos leiam agora, é legal saber que daqui a muitos anos essas palavras provavelmente ainda estarão por aqui sendo lidas por quem pesquisar temas relacionados ao blog.

Vou me despedindo já com a sensação de que não quero adotar porcaria de estratégia marketeira nenhuma em meu blog. Pra falar a verdade, não vou nem postar o link para esse post em meu Twitter ou no meu Facebook. Vou deixar essas palavras por aqui, solitárias a espera dos poucos e bons que já me deixam feliz de estarem por aqui. E já que estou falando em verdades, nem gosto desse rótulo insoço de marketeiro que a mídia colocou em profissionais que estudam o mercado, como eu. E também nem sei porque coloquei esse nome nesse post. Pronto, falei.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dia do Publicitário


Na última sexta fui paraninfo da 2ª turma do curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade Anhanguera de Limeira. Me emocionei, dei risadas e me diverti muito com a turma, que certamente vai dar o que falar nos próximos anos.

Como hoje é Dia do Publicitário, fica aqui minha homenagem em forma do dircurso que dei na sexta durante a colação de grau.

“Ilmos Srs. Diretor, Coordenador, Professores e funcionários da Faculdade Anhanguera de Limeira.
Demais autoridades presentes ou representantes.
Pais, familiares, amigos e, especialmente, formandos.
A todos boa noite.

Como é difícil essa tarefa que vocês me passaram. Certamente mais complicada do que qualquer prova do meu tempo de faculdade. Essa semana, vendo o Big Brother, tentei me espelhar um pouco nos discursos que o Pedro Bial faz nos dias de eliminação. Mas não é isso. Lembrei também do discurso extremamente oportuno que o Washington Olivetto fez quando paraninfo de uma turma de publicidade da FAAP. Mas ele é o Washington Olivetto! O que eu precisava era transformar sentimentos em palavras, com a responsabilidade de um paraninfo, que por sua vez tem a responsabilidade de orientar e inspirar um grupo de jovens formandos para a vida profissional, não é fácil. Resolvi escrever como eu escrevo em meu blog e para isso, vamos começar do começo.

Afinal de contas, qual é a responsabilidade de um paraninfo? É a segunda vez que ocupo essa função e só agora fui pesquisar a fundo. Tenho certeza que vocês, na hora que votaram e me escolheram dentre tantos outros, talvez até mais qualificados, lembraram apenas dos bons momentos. Lembraram das aulas que agradaram, de notas altas, de momentos de diversão, dos memoráveis churrascos organizados em pleno terreno, digo bosque, em frente a faculdade. Até nisso eu fui!

Mas é importante lembrar que a função do paraninfo, em sua origem, é a de padrinho. Isso mesmo, a palavra paraninfo vem do grego e significa padrinho. Isso quer dizer que eu fui escolhido para aconselhar, encaminhar, sugerir, ouvir e até dar broncas em vocês todos em tudo o que se refere a sua trajetória profissional. E não adianta dizer “eu não votei em você” pois estamos em uma democracia e eu fui eleito legitimamente. Portanto escutem e assimilem.

Como bom padrinho que pretendo ser, vou começar com os conselhos. Para isso, quero que todos lembrem dos professores que tinham na 4ª série do primeiro grau. Vocês lembram que eles aconselhavam vocês a aproveitarem a 4ª série, pois a partir da quinta ninguém iria ficar passando a mão na cabeça de vocês e ajudando no que pudessem? E essa história deve ter se repetido na 8ª série em relação ao 1º colegial e no 3º colegial em relação a faculdade. Sempre a mesma orientação de aproveitarem o momento pois o próximo passo seria mais difícil. Mesmo com todo esse aconselhamento, no fundo vocês sabiam que, bons ou maus, os professores estariam ali para o que precisassem.

Pois agora eu tenho uma má e definitiva notícia. Isso acabou. Claro que espero que muitos de vocês continuem a estudar sempre, porque esse é o maior valor de um homem e de uma mulher, mas agora vocês estão por conta própria.

Comemorem! Não tem coisa melhor do que estarem por conta própria e cometerem erros e acertos. Acertem mais do que errem, mas não deixem de errar pois são os erros que nos engrandecem. Errem, porém tenham hombridade de assumir o erro, corrigi-lo e passem a acertar.

Saibam aproveitar ao máximo tudo o que os seus colegas de trabalho tenham para lhes ensinar. Conversem com o porteiro e com o presidente da empresa com o mesmo respeito, e saibam tirar de cada um deles o que de melhor cada um têm para ensinar. Tentem não errar por omissão, porque isso é pequeno. Prefiram expor suas idéias com o risco de não serem as melhores do que guardar para si algo melhor do que o que foi exposto.

Bem, eu poderia ficar aqui até bem tarde aconselhando e orientando mas eu não quero ser um padrinho chato. Eu não fui um professor chato e não é agora que vou assumir esse papel. Se eu dissesse muitas coisas, elas se perderiam, por isso prefiro que lembrem das poucas que acabei de falar e principalmente de mais uma coisa. Nunca é tarde para mudar e melhorar.

Como paraninfo me sinto a vontade para usar minha história como exemplo. Eu comecei, assim como a maioria de vocês, estudando publicidade e propaganda e estagiando em pequenas empresas. Comecei a trabalhar, me pós graduei em marketing, cresci em meu emprego. Me tornei Gerente Comercial do Jornal de Limeira, um cargo que me dava exposição e reconhecimento profissional e pessoal em qualquer lugar que eu fosse aqui em nossa cidade. Mas isso não era tudo, pelo menos para mim. Meus sonhos eram e são maiores e eu sabia que aqui minha carreira já estava no ápice.

Na primeira chance que tive larguei tudo. Pedi demissão e fui me arriscar em São Paulo. Arrumei emprego na Revista Veja em um cargo menos expressivo do que o que eu tinha por aqui. Confesso que as condições de trabalho e a remuneração são bem melhores, mas nada muda o fato de eu ter deixado pra traz reconhecimento e estabilidade em busca de crescimento profissional. Estou tentando, lutando. Não é fácil trabalhar na 3ª maior revista do mundo e ser bem sucedido. Mas é isso que eu quero e por isso estou lá.

Se vocês me perguntarem onde eu estarei em 5 anos vou dizer que não sei, mas que quero estar, quem sabe, em Paris ou Nova York, talvez trabalhando na maior revista do mundo. O importante é sempre querer mais e melhor. Não aceitem, em hipótese alguma, ter uma vida medíocre.

Pra falar a verdade, em relação a isso com essa turma minha preocupação é pequena. Dei aulas e sei que tem gente muito boa por aqui. A turma toda é muito boa. Se vocês quiserem, talvez em 5 anos estejam numa cadeira atrás de uma mesa em Paris ou Nova York, trabalhando na maior revista do mundo e me entrevistando para uma vaga. Se isso acontecer, e eu espero que aconteça, aceitem a orientação desse velho padrinho e me contratem!

Mas agora chega de discurso, vamos a vida. Meus queridos ex-alunos e agora colegas de profissão. Saiam hoje por aquela porta como homens e mulheres de bem. Homens e mulheres dos quais, pais, filhos, parentes, namorados e namoradas, maridos e esposas tenham orgulho. Eu desejo muito, do fundo do meu coração, que vocês possam olhar para trás daqui vinte ou trinta anos e terem a certeza de que valeu a pena. E espero ainda que eu tenha contribuído, ainda que minimamente, para isso.

Sucesso na profissão e, principalmente, na vida. Fiquem com Deus.

Obrigado."


Legenda da foto: alunos comemorando a colação de grau.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

C'est la Vie

Os feriados de aniversário das cidades são intrigantes. Enquanto o resto do mundo trabalha, aquele pequeno núcleo de pessoas passa o dia de papo pro ar, a ver navios, deliciando-se em fazer nada. Hoje é aniversário de São Paulo e a cidade está em festa. Da minha janela está dando para ver um passeio ciclístico leve, descontraído, lento. Uma grande avenida foi interditada por causa dele, mas poucos reclamam, afinal, é feriado.

Fora isso, diversas comemorações foram programadas pela cidade para comemorar seus 457 anos. São Paulo é uma cidade única. Quem pouco conhece, detesta. Quem muito conhece, ama. Talvez o amor a primeira vista não seja uma boa estratégia de conquista para São Paulo. Certamente a cidade não poderia ser comparada, por exemplo, à Luana Piovani. Apaixonante a primeira vista porém complicada com o passar do tempo. Eu não a conheço – a Luana! – mas é essa a imagem que a imprensa passa. Talvez São Paulo fosse mais parecida com uma Maria Bethânia. Difícil de se apaixonar a primeira vista, mas conhecendo um pouco da pessoa e do trabalho é impossível abandoná-la. É, acho que é isso.

Eu já morei em São Paulo há anos e gostava da cidade, já comentei isso aqui. Porém só agora estou apaixonado. Não está em meus planos deixar a cidade tão cedo, a não ser que fosse por uma temporada na Europa. Quem sabe uns meses em Londres ou Paris.

A propósito, li ontem que um dos melhores destinos turísticos para 2011 é justamente Londres. A cidade está quase pronta para os Olimpíadas 2012, com hotéis e restaurantes preparados para a avalanche de turistas. Só que eles ainda não estão por lá, o que deixa a cidade extremamente aprazível. Quem já foi para Londres sabe que trata-se de uma das cidades mais bem cuidadas do mundo. Ruas e avenidas, os taxis, os pontos turísticos, o Hyde Park, o British Museum, tudo lá parece que foi desenhado já pensando em ser a cidade mais bela do mundo. Se ela é a mais bela do mundo é questionável, porém inquestionável é que ela está no top 10.

Claro que não podemos comparar cidades como Londres e Paris a Rio de Janeiro e Sidney, por exemplo. As primeiras são lindas, construídas. As segundas são lindas pelo que são, independente das construções. Mas essa história de Londres, Paris, Rio e Sidney fica pra outra hora. Meu foco agora é São Paulo.

Assim como aconteceu com Londres, São Paulo deve passar nos próximos anos por uma série de melhorias visando a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016. Os dois eventos irão trazer um fluxo absurdo de turistas para a cidade. O centro velho, que eu já amo, vai ser completamente restaurado. Pontes estão sendo construídas. Museus, hotéis, restaurantes, estádios, metrô, aeroportos, terminais rodoviários, tudo. Isso mesmo, tudo deve passar por melhorias proporcionando uma ótima fase para se morar em São Paulo.

Alguns que estão lendo esse post hoje, dois dias após a última enchente que matou duas pessoas na cidade, devem estar pensando que eu sou louco. Não, eu não sou. Olhando pela janela, a mesma de onde eu vejo o passeio ciclístico, estou vendo um lindo dia de sol, os prédios da avenida Paulista, a ponte Estaiada, a Cidade Universitária, os shoppings Iguatemi, Eldorado e Vila Lobos, o parque Vila Lobos e mais uma série de cartões postais fantásticos da cidade. O único problema em tudo isso, é que essa janela é a da Editora Abril e em pleno feriado estou aqui, trabalhando.

C'est la Vie.


Foto: a Ponte Estaiada, que em pouco tempo se tornou um símbolo da cidade.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Amor em 4 atos – Parte 2

De fato “Mil Perdões” em si é uma novela inteira. Baseado “apenas” nessa música e tendo como trilha “apenas” essa música, o segundo episódio de Amor em 4 atos foi arrebatador. Diálogos rápidos, passagens rápidas e romances rápidos fizeram essa história passar rápido demais. Deu um gostinho de “quero mais” que desde ontem não sai da boca.

A estrela foi Carolina de Ferraz que parece ter reencarnado a sexualidade que ela não interpretava desde que iniciou a carreira. Aliás, ela mantém um corpo de dar inveja a meninas de 25 anos! Foi gostoso vê-la traindo o parceiro de tanto que ela amava ele. Foi gostoso vê-la perdoando o parceiro por ter o traído. Só Chico mesmo é capaz de escrever – e convencer! – com a frase “te perdôo por te trair”.

Pare para pensar. A situação do relacionamento era tão ruim que a traição foi culpa do parceiro. E para uma volta era necessário que o traidor perdoasse o traído! Uma inversão de sentido que na letra do Chico faz todo o sentido. Fantástico!

Eu já tive a oportunidade de assistir ao vivo o Chico interpretando “Mil Perdões”. É apaixonante, perturbador. Foi no show de lançamento de “Carioca”, último trabalho do compositor. Aliás, hoje pela manhã aderi a campanha lançada no Twitter que pede a Globo para transformar a minissérie em 8 atos. Assunto pra isso a obra de Chico Buarque tem de sobra. Puxando rápido pela memória acredito que “Geni e o Zepelim”, “Trocando em Miúdos”, “João e Maria” e “Amor Barato” seriam boas escolhas.

De qualquer maneira esses 4 atos da Globo estão me agradando. Até pela diversidade de roteiro e forma que vimos entre o primeiro e o segundo episódio. Hoje, vamos para o terceiro e último que se desenrola por dois episódios. Depois eu conto o que achei!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Correção

Cacá Rosset: Carlos Eduardo Zilberlicht Rosset, São Paulo, 9 de março de 1955), mais conhecido como Cacá Rosset, é um ator fundador do grupo brasileiro Teatro do Ornitorrinco[1] (juntamente com Maria Alice Vergueiro e Luiz Roberto Galizia). Seus espetáculos sempre atrairam grandes platéias[2], devido ao caráter instigante e revolucionário de suas peças, que mesclavam música ao vivo, circo e representações.

Cacá Diegues: Carlos Diegues, mais conhecido como Cacá Diegues, (Maceió, 19 de maio de 1940) é um premiado cineasta brasileiro. Foi casado com a cantora Nara Leão, com quem teve dois filhos, Isabel e Francisco. É um dos fundadores do Cinema Novo e dirigiu o videoclipe da canção "Exército de um homem só", da banda Engenheiros do Hawaii.

Eu havia me equivocado e trocado o Cacá Rosset pelo Diegues no post abaixo. É, as vezes nos confundimos um pouco! Mas sorte que temos bons amigos de olho no que escrevemos. Valeu Lic!

Amor em 4 atos – Parte 1

As primeiras matérias sobre a possibilidade de a Globo gravar algo baseado nas canções de Chico Buarque deixou os fãs, como eu, extremamente curiosos. Chico, em minha opinião, é a maior inspiração artística nacional desde os idos anos 60. Com competência, personalidade e um carisma inesperado, o tímido arquiteto paulistano se tornou em uma unanimidade nacional ao compor obras como A Banda, Construção, Apesar de Você, Sabiá, Geni e o Zepelin, De todas as maneiras, Cálice, etc, etc, etc. Todas as “etc.” talvez fossem poucas para a extensa obra do músico.

A Globo, apesar de alguns deslizes, é sim uma das maiores produtoras de bom conteúdo do mundo e a única que consegue colocar na tela de forma competente atores e autores em produções 100% nacionais. Já imaginaram a imensidão de minutos de programas que já saíram do Projac empregando milhares de artistas brasileiros do front e do backstage? Palmas para a Globo, principalmente, por incluir Chico Buarque em sua produções.

Vocês sabiam que Chico e a Globo já tiveram sérias desavenças? Certa vez Chico foi convidado para estrelar um programa de auditório ao lado de Nara Leão. Claro que, com a tímida desenvoltura dos dois diante das câmeras, o programa não desenrolou. Chico, para se ver livre do fardo, “acertou” com a diretoria da emissora de inscrever uma canção no Festival de Música que a Globo estava fazendo mas que não estava tendo o mesmo reconhecimento dos antigos festivais da Record. Incomodado e chateado com a situação, Chico compôs “Carolina” de qualquer jeito e a inscreveu. Poucas vezes o compositor foi visto cantando essa música por dizer que havia sido feita “nas cochas”. Eu até que gosto da música.

Mas estou hoje aqui para falar de “Amor em 4 atos”, para ser mais exato, do primeiro ato de “Amor em 4 Atos”. Gostei bastante. Inspirado em “Ela faz cinema” e “Construção” começou meio travado mas a Marjorie Estiano, surpreendentemente, deu conta do recado e, ao lado de Malvino Salvador, convenceu na pele da protagonista. Palmas também para Caca Rosset que brilhou na pele do sírio vendedor de quitutes apaixonado pela voz da Estação Júlio Prestes. Aliás, a locação foi acertada. Realmente morar em frente a essa estação deve ser o máximo e combina perfeitamente com a letra de “Construção”, que indica ter de pano de fundo uma cidade como São Paulo.

Intrigante também foi a forma, que fugiu muito do que estamos acostumados com uma narração sarcástica alinhavava a história contada de maneira fluida e gostosa. Parecia até uma das letras do compositor. Mas uma daquelas letras suaves, sem preocupação política.

O episódio de hoje promete mais. Alinne Moraes deve mandar bem na pele de uma garota de programas que tem “Mil Perdões” como inspiração. Pra falar a verdade, eu não citei acima mas essa música é sem dúvida uma das minhas preferidas.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

De volta às origens

Nem acredito que consegui achar na net o antigo template do meu blog. Essa foi a primeira "cara" dessa página e alguns me falam até hoje que essa é a melhor "cara". Ela voltou!

Vou tentar acertá-la da melhor maneira para incluir algumas coisas que ainda estão faltando mas o principal já está aqui.

Espero que gostem.