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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Entre dois mundos

Ando apaixonado por Istambul. Um lugar que é a porta de entrada do oriente, para nós, e do ocidente, para eles. Uma cidade com quase três milênios que já foi uma das mais importantes do planeta. Uma ponte entre religiões, culturas e raças. Um espetáculo de história e da história.

Em imagens, da para se ter uma idéia do que Istambul represente!


Estreito de Bósforo, que liga Ocidente a Oriente.

Duas pontes ligam os dois lados do planeta Terra.

Santa Sophia: ex-igreja, ex-mesquita e atual museu.

Vista externa da Santa Sophia.

Vai um café?

Palácio Topkapi

Interior da Mesquita Azul.

Mais de 4 mil lojas em um dos maiores mercados do mundo.

Uma festa de aromas, cores e sabores.

Cerâmica turca.

Fonte: fotos http://interata.squarespace.com/.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

De todas as maneiras

O ser humano tem uma capacidade incrível de adaptação. Nos adaptamos ao amor, as amizades, aos compromissos, ao trabalho, as aulas, aos parentes e a tudo aquilo o que faz parte de nosso dia a dia.

Na verdade, acredito que a gente se acostume a isso. E como é complicado quando precisamos – ou queremos! – mudar tudo isso. O ser humano se adapta tanto a um “estilo de vida” que impõe diversas barreiras para não mudar, ainda que a olhos vistos essas mudanças sejam para melhor.

Estive nos últimos dois meses me esforçando para promover algumas mudanças em minha vida. Não é fácil, mas é necessário. Acho que estou no caminho certo. Estou me forçando a voltar a freqüentar lugares que eu não freqüentava mais, a fazer coisas que não fazia mais. Estive com amigos essa sexta e sábado e foi fantástico! Eles nem imaginam o quanto eu gostei dos programas. Uma lavagem na alma!

De todas as maneiras que existem de partirmos para um novo rumo, a melhor, sem dúvida, é através dos amigos. Como é bom contarmos com pessoas queridas. Como é bom sabermos que estarão lá. Como é bom sentar numa mesa de bar para risadas. Como é bom um aperto de mão em comemoração a uma vitória pessoal.

PS: alguns devem estar se perguntando porque um dos "tags" desse post é "Chico Buarque". Isso deve-se ao título do post, que é "chupado" do título de uma música do Chico.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

zaz traz

>> Não é fácil organizar uma associação! E quem achou que seria? O importante é que não se perca o foco e tudo não se transforme em uma guerra de egos, onde uma infinidade de diretores se reúnem para resolver nada.

>> O mercado de publicidade de Limeira anda saturado. Será que em todas as cidades é assim? Os mesmos nomes, os mesmos rostos e uma dança das cadeiras sem fim. Será que não está na hora de alguém acordar para essa centena de alunos de PP que desfilam criatividade pelas cinco instituições da cidade que oferecem cursos na área?

>> Uma luz no fim do túnel. Ando recebendo cotações interessantes de clientes querendo algo novo. O céu é o limite. Criatividade já notei que os interessados têm. Agora está na hora de colocar o carro alegórico na avenida.

>> A campanha de inauguração de uma concessionária em Limeira foi campeã. O laço envolvendo o Jornal de Limeira trouxe ares de novidade para os mais de 11 mil assinantes. Choveram telefonemas de elogios. Tanto Jornal de Limeira quanto a marca ganharam com a ousadia.

>> E quem não gosta de uma boa campanha? As vezes me sinto como um médico que se vê obrigado e dar consultas gratuitas em todos os lugares. Muita gente aborda pedindo idéias, comentando campanhas, criticando anúncios. A publicidade realmente está na boca do povo.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Informação é tudo

Sou professor universitário e sempre incentivo meus alunos a lerem e se informarem sobre tudo que acontece de importante no mundo da publicidade. É um começo. Na verdade uma pessoa para se sentir verdadeiramente incluída deve prestar atenção a tudo o que acontece de importante em todos os “mundos”.

Em uma viagem que fiz cerca de um ano para a Europa, estive em Paris visitando o Louvre. O museu é uma verdadeira cidade de obras que contam muito da história da humanidade.

No corredor principal da ala que traz as pinturas italianas, acredito que mais de uma centena de quadros estejam dispostos lado a lado, nas duas paredes, em um longo corredor. Centenas de turistas se esforçavam para ver tudo de perto. Porém, em frente a uma pintura em especial, uma verdadeira multidão se apertava para observar o quadro. Tratava-se de “A Madona das Rochas”, um bonito quadro renascentista de Leonardo Da Vinci.

Na sala em frente estava a Monalisa, também de Da Vinci. E olhando com mais cuidado, encontrei diversos Da Vinci´s, Michelangelo´s, Rafael´s, Caravaggio´s, e assim por adiante. Mas porque então A Madona das Rochas chamava tanto a atenção? Simples. Alguns anos antes um renomado escritor depositou no quadro posição de protagonista em uma história de assassinatos, amores e cristianismo. Trata-se de Dan Brown e seu best seller “O Código Da Vinci”.

No mesmo momento fiz a associação. Lembrei-me do livro que havia lido e do filme que havia assistido. Lembrei-me até de algumas associações que Dan Browm fez das posições das figuras retratadas no quadro em referência a símbolos cristãos e pagãos. Informação é tudo.

Madona das Rochas é um quadro pintado por Leonardo da Vinci (óleo sobre madeira 199cm X 122cm) e que se encontra exposto no Museu do Louvre, na França. O quadro também recebe citação em O Código Da Vinci, best-seller do autor Dan Brown.

A encomenda original para que Leonardo da Vinci pintasse A Madona das Rochas viera de uma organização conhecida como a Confraria da Imaculada Conceição, que precisava de uma tela para ser a peça central de um tríptico em um altar da Igreja de São Francisco, em Milão. As freiras deram dimensões específicas a Leonardo, e o tema desejado para a pintura - Virgem Maria, São João Batista ainda bebê, Uriel e o Menino Jesus, abrigados em uma caverna. Embora Leonardo da Vinci fizesse o que lhe mandaram, o grupo reagiu com horror quando ele entregou a pintura. Havia enchido o quadro de detalhes perturbadores.

A tela mostra a Virgem Maria de túnica azul, sentada com o braço em torno de um bebê, João Batista. Diante dela se encontra sentado Uriel, também com um menininho, Jesus. O mais estranho é ver Jesus abaixo de João Batista. Mesmo que Jesus esteja abençoando-o o sentido da obra é dizer que João está acima de Jesus na hierarquia celeste.

Porém, anos depois, Da Vinci acabou convencendo a confraria de ficar com uma segunda pintura, versão "açucarada" da Madona das Rochas, em que todos se encontram em posições mais ortodoxas. A segunda Versão encontra-se na Galeria Nacional de Londres, com o título de Virgem das Rochas.

As características renascentistas que esta obra apresenta são a composição em pirâmide, o naturalismo, a proporção, e o estudo cuidadoso da anatomia do corpo humano.


Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgem_das_Rochas

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Como nossos pais

Outro dia, conversando com um amigo, começamos a lembrar de todos os fatos realmente importantes que nossa geração atravessou. Essa turma que nasceu nos anos 70 ou próximo a eles.

Dentre muitas outras coisas lembramos de quatro conquistas de Copa do Mundo, da geração de prata e de ouro do vôlei, da ascensão e queda do basquete, do “bug” do milênio, do reveilon do ano 2000, da queda do muro de Berlin, do atentado ao World Trade Center, da entrada da Internet na vida das pessoas, etc, etc, etc.

De tudo isso, em minha opinião, o que mais nos influenciou foi a Internet. Gerações mais velhas que a minha, se viram obrigadas a entendê-la, em alguns casos usá-la, porém noto que a Internet não entrou em suas vidas, no dia a dia. Já as gerações mais novas, que vieram após a minha, tiveram ou estão tendo um contato tão precoce com a Internet que a tratam como algo que simplesmente existe. Assim como a TV ou o rádio são para nós.

Alguns publicitários dizem, e eu concordo, que só teremos algo realmente bom e inovador feito para a Internet quando essa geração do final da década de 90 e começo dos anos 2000 começar a trabalhar. Eles nasceram com o conceito de Internet. Não é um conceito adaptado como o nosso. Eles irão simplesmente pensar nela como ela é. Sem influências.

Não sei quanto a vocês, mas eu me autocritico diversas vezes por fazer determinadas coisas pela Internet. Mandar uma carta de amor ou amizade, fazer um convite, comentar algo com um amigo ou coisa assim. Fico me policiando para usar o telefone ou falar pessoalmente com as pessoas em determinados casos. Fico me policiando para não deixar MSN, Orkut e cia. Ltda. fazer as vezes do contato pessoal. Será que essa autocrítica faz sentido?

Duvido que uma pessoa das novas gerações vá achar estranho convidar o colega da sala ao lado para um chopp pelo MSN. Esse vai ser o jeito correto, ou melhor, o único jeito. Essa necessidade de fazer tudo com o olho no olho não vai existir. Simples assim.

Alguns dizem que as pessoas vão ser mais distantes, mais isoladas e até mais tristes. Acredito que isso seja porque estamos pensando com o nosso pensamento que já está formado para fazer as coisas como sempre fizemos. Como os nossos pais sempre fizeram. O melhor a fazer é torcer para que essa falta de contato não se transforme em um problema social e aproveitar a deixa para “ouvir” a mais do que atual “Como nossos pais”, do Belchior.


Não quero lhe falar,
Meu grande amor,
De coisas que aprendi
Nos discos...

Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...

Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...

Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...

Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro de nova estação
Eu sinto tudo na ferida viva
Do meu coração...

Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...

Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...

Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo, tudo
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

O velho mundo

Desde os tempos da escola escuto professores referindo-se a Europa como o “velho mundo”. Isso porque a região é berço da civilização ocidental, tem cidades milenares como Roma, Londres, Paris e Madri, e soube preservar suas riquezas como ninguém. Na verdade, o dinheiro da Europa possibilitou que ela preservasse não só suas riquezas, como a de países mais pobres.

Para se ter uma idéia, a máscara do faraó Tutancamom, aquela dourada e azul que todos conhecemos, esteve no British Museum em Londres até poucos anos. Num esforço judicial e diplomático, o governo do Egito conseguiu a transferência da máscara para o museu do Cairo. Os principais museus da Europa guardam uma infinidade de relíquias, jóias, armaduras, múmias, etc., de dezenas de países americanos, africanos e asiáticos.

Mas pensando um pouco, vejo que se buscamos o original “velho mundo” ocidental, não podemos generalizar toda a Europa. Três cidades, em meu ponto de vista, guardam o solo de onde originou-se todo o poder, sabedoria e espírito empreendedor ocidental. São elas, respectivamente, Roma, Atenas e Istambul (antiga Constantinopla).

Puxando pela minha memória (não quis pesquisar em lugar nenhum, pois isso qualquer um poderia fazer!), lembro-me que Roma nasceu dos lendários Rômulo e Remo amamentados por uma loba. Por lá desfilaram todos os “cézares”, foi lá que nasceu – ou se aperfeiçoou – o sistema de senado, Cleópatra, Marco Antonio, gladiadores, uma centena de Papas e cardeais, Michelangelo, Da Vinci e muitas outras figuras da antiguidade moraram ou desfilaram poder por suas ruas. Em Roma está o Coliseu, o Vaticano, a Capela Sistina e a Basílica de São Pedro. Design, moda e culinária mundial sofrem influencia da "cidade eterna" que nos primórdios já se esparramou por toda a Europa, grande parte da Ásia e norte da África. Tudo isso apenas pela memória.

Nas proximidades de Atenas, a principal cidade e capital da Grécia, se estabeleceu uma das civilizações mais desenvolvidas da antiguidade. Recorrendo mais uma vez a memória, lembro rapidamente que a Grécia idealizou o teatro, tinha a cultura de valorizar a sabedoria, foi berço para alguns dos maiores filósofos e pensadores da história da humanidade e palco para, talvez, o maior de todos os espetáculos da Terra: as Olimpíadas. Quem não se lembra da história da heróica corrida na batalha de Maratona que originou a atual prova do atletismo? E de Helena, de Tróia? Do Partenon? Do calcanhar de Aquiles? Dos deuses e deusas que povoam o imaginário de todos até hoje? A Grécia já foi conhecida por seus guerreiros de terra e de mar que dominaram e influenciaram a civilização humana cerca de 4 séculos antes de Cristo. Impossível ser indiferente.

Em Istanbul, capital cultural da Turquia que também já foi conhecida por Constantinopla e Bizantina, estabeleceu-se um dos sistemas de comércio mais avançados da antiguidade. O mundo organizava verdadeiras cruzadas, marítimas ou não, para ter acesso aos seus produtos. Até hoje o mercado de Istanbul, com cerca de 4 mil lojas, é tido como referência mundial. É naquela cidade que uma pessoa pode colocar um pé na Ásia e outro na Europa, claro que figurativamente já que entre os continentes está o estreito de Bósforo. Uma visita a mesquita Azul ou a Sofia, que foi considerada a maior igreja do mundo por 800 anos e hoje abriga um museu, também não deve ser nada má. Que outro lugar no mundo consegue colocar em um mesmo quarteirão cristãos e muçulmanos convivendo sem guerras?

Parece que minha memória anda em dia. Em parte devo agradecer a minha professora de geografia Maria Helena, que em suas insistentes aulas de cartografia obrigava os alunos a desenhavam o mapa de todos os paises do mundo copiados de um Atlas com o auxílio do papel vegetal, e em parte as minhas professoras de história, Dona Elza e Lurdinha, que contavam os principais fatos de cada país ou região com minuciosa riqueza de detalhes.

Está nos meus planos dar uma passada por essas cidades. Sentir de perto o aroma do poder, da sabedoria e da riqueza. Postar em meu blog descobertas, fotos e “causos” dessas regiões tão importantes para a história de qualquer pessoa. Um retorno ao velho mundo. O verdadeiro velho mundo.