Pages

terça-feira, 13 de maio de 2008

Tarantela X Samba

Tempo vai, tempo vem e essa história das "relações humanas" não sai da minha cabeça. Estou vidrado nisso ultimamente. Quem sabe eu acabe por escrever meu filme, que há muito está me rodeando, baseado nessas relações.

Este sábado assisti Amarcord, do Federico Fellini. Uma viagem. Um filme sem começo, meio e fim que faz rir e chorar pelos fatos, pelas conversas e pelas relações humanas. No filme, Fellini não fala especificamente sobre amor, assassinato, adultério ou outro tema qualquer que costuma passear pelos filmes a que estamos acostumados. Em Amarcord, os protagonistas são pessoas comuns vivendo seu dia a dia. Fellini parece viajar pelas suas próprias lembranças de criança e juventude e essas lembranças por si só nos cativam. No filme lembrei ainda mais da dificuldade de se semear, cultivar e manter um relacionamento. Não pensem que me refiro apenas a relacionamentos amorosos. Me refiro à família, aos amigos, aos colegas de trabalho. Pra falar a verdade, acho que em matéria de relacionamento amoroso estou um passo a frente. Vivo um relacionamento que vai e vem na minha vida há anos. Com ela aprendi que o importante de qualquer relação é o foco em nossa própria felicidade. Quando focamos na felicidade do outro, corremos um sério risco de nos decepcionarmos. Certamente, se for preciso, devemos largar tudo por um amor e mudar completamente o rumo de nossas vidas, porém hoje sei que só devemos fazer isso pela nossa própria felicidade, e não pela do outro.

Quanto aos amigos acho que é preciso dar pelo menos uns três passos à frente. A vida da gente vai nos levando para direções as quais não controlamos. Às vezes não nos sentimos completamente a vontade participando de certas ocasiões que são rotineiras na vida dos amigos. Às vezes erramos tentando acertar. Às vezes sentimos que estamos em falta com um ou com outro. E às vezes somos cobrados por situações as quais não existem. Se tem uma coisa da qual eu me orgulho é do círculo de amizades que consegui criar em minha juventude e que só vem aumentando com o passar do tempo.

Recordo-me agora da frase que fala que “somos responsáveis pelo que cativamos”. É verdade. É batido, mas é verdade. Ter amigos é ter responsabilidades, compromissos, deveres. Ter amigos é ter alegrias, companhia, felicidade. Se nos relacionamentos amorosos hoje sei que devemos buscar a nossa felicidade, nas amizades acredito que cada um também deva fazer o mesmo. Tenho certeza que se cada um estiver feliz, todos estarão.

Este sábado tirei uma foto da "minha gata" e gravei na agenda do celular com o número dela. Domingo, hora que ela me ligou e apareceu sua foto, uma felicidade me invadiu. Uma lembrança boa do momento em que fizemos aquela foto e dos outros tantos momentos que já fizemos fotos juntos surgiu na minha cabeça na hora. Acho que esse é um passo legal para os amigos também. Vou fazer isso hoje. Vou colocar a foto de cada um na minha agenda do celular. Hora que tocar vou lembrar no mesmo instante de tudo pelo que passamos juntos. Vai dar aquela vontade de passar tudo de novo. Talvez esse seja o primeiro passo. Talvez eu volte a falar num próximo post dos dois próximos... O importante é ter a certeza que o final será como no Amarcord: todos reunidos, felizes, cantando e dançando uma alegre música italiana. Bem, talvez na minha versão cantando e dançando um popular samba brasileiro!

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O velho e o novo

Bem, os que me procuraram através do blog no último mês certamente se decepcionaram. Não o atualizo desde o dia 28/03! Na verdade tirei férias do trabalho, do blog, do meu computador, e-mail, Orkut e tudo o mais que faz a gente entrar numa rotina quase automática de fazer as mesmas coisas sempre. Eu mesmo, toda manhã, chego ao trabalho cerca de uma hora antes do meu horário, vejo meus e-mails profissionais, meus e-mails pessoais, meu Orkut, o UOL e a Globo.com. Todos os dias nessa ordem. Até os programas em meu PC do trabalho eu percebo que estão abertos sempre na mesma ordem. A barra inferior da tela sempre mostra o Outlook, o Word, o Excell e por último o Internet Explorer. Que chatice isso! Vou embaralhar tudo amanhã. Eu li uma vez que devemos procurar fazer as coisas sempre diferentes do que estamos acostumados a fazer. Mudar percursos, usar a mão esquerda, trocar de lugar no estacionamento... Exercita o lado esquerdo do cérebro. Mas pra que será que serve esse lado esquerdo?! Isso eu li em outra matéria, mas falamos mais em outro post.

Quero voltar agora para as minhas férias. Fui viajar e consegui, de fato, fazer tudo diferente do que sempre faço. A viagem é uma espécie de libertação. Nos libertamos dessas rotinas que nos cercam e que são quase que imperceptíveis no dia a dia. Quando temos a oportunidade de visitar lugares diferentes dos que estamos acostumados, a sensação de liberdade aumenta ainda mais.

Visitei seis cidades em minhas férias. Seis capitais de países do primeiro mundo! Cada um com a sua cara, com o seu jeito, com as suas belezas e os seus problemas. Cidades reais. Cidades como São Paulo ou o Rio de Janeiro. Cidades que existem em média há mais de 2 mil anos e que conservam um contraste louco entre o velho e o novo. Cidades que investem no novo para mostrar aos turistas que não são velhas. Cidades que preservam o velho para mostrar aos turistas que não são novas. Cidades que oferecem um "underground" extenso, prático e feio. Pichado. Sujo. Real. Umas mais reais do que outras. Meu irmão havia me prevenido que a saída no Metrô na avenida mais charmosa do mundo seria um choque. E foi. O Metrô era velho e sujo, inteirinho pichado. A avenida era velha e linda, inteirinha iluminada e muita bem acabada, de um lado por um dos monumentos mais famosos do mundo e do outro pelo maior museu do mundo. Perfeita. Um choque. O real e o imaginário. Uma vontade de ir para lá e para cá. Uma chuva de informações totalmente novas.

A viagem me fez bem. Talvez eu volte a falar mais detalhadamente de cada lugar. Não sei.

Revisão

Olhando meu blog hoje, um mês após a última atualização, percebi que não gostei dessa história de "Sigam-me os bons". As dicas ficaram muito vazias e comuns. Ruins. Volto a dar dicas sim, mas quando forem interessantes.