Tempo vai, tempo vem e essa história das "relações humanas" não sai da minha cabeça. Estou vidrado nisso ultimamente. Quem sabe eu acabe por escrever meu filme, que há muito está me rodeando, baseado nessas relações.
Este sábado assisti Amarcord, do Federico Fellini. Uma viagem. Um filme sem começo, meio e fim que faz rir e chorar pelos fatos, pelas conversas e pelas relações humanas. No filme, Fellini não fala especificamente sobre amor, assassinato, adultério ou outro tema qualquer que costuma passear pelos filmes a que estamos acostumados. Em Amarcord, os protagonistas são pessoas comuns vivendo seu dia a dia. Fellini parece viajar pelas suas próprias lembranças de criança e juventude e essas lembranças por si só nos cativam. No filme lembrei ainda mais da dificuldade de se semear, cultivar e manter um relacionamento. Não pensem que me refiro apenas a relacionamentos amorosos. Me refiro à família, aos amigos, aos colegas de trabalho. Pra falar a verdade, acho que em matéria de relacionamento amoroso estou um passo a frente. Vivo um relacionamento que vai e vem na minha vida há anos. Com ela aprendi que o importante de qualquer relação é o foco em nossa própria felicidade. Quando focamos na felicidade do outro, corremos um sério risco de nos decepcionarmos. Certamente, se for preciso, devemos largar tudo por um amor e mudar completamente o rumo de nossas vidas, porém hoje sei que só devemos fazer isso pela nossa própria felicidade, e não pela do outro.
Quanto aos amigos acho que é preciso dar pelo menos uns três passos à frente. A vida da gente vai nos levando para direções as quais não controlamos. Às vezes não nos sentimos completamente a vontade participando de certas ocasiões que são rotineiras na vida dos amigos. Às vezes erramos tentando acertar. Às vezes sentimos que estamos em falta com um ou com outro. E às vezes somos cobrados por situações as quais não existem. Se tem uma coisa da qual eu me orgulho é do círculo de amizades que consegui criar em minha juventude e que só vem aumentando com o passar do tempo.
Recordo-me agora da frase que fala que “somos responsáveis pelo que cativamos”. É verdade. É batido, mas é verdade. Ter amigos é ter responsabilidades, compromissos, deveres. Ter amigos é ter alegrias, companhia, felicidade. Se nos relacionamentos amorosos hoje sei que devemos buscar a nossa felicidade, nas amizades acredito que cada um também deva fazer o mesmo. Tenho certeza que se cada um estiver feliz, todos estarão.
Este sábado tirei uma foto da "minha gata" e gravei na agenda do celular com o número dela. Domingo, hora que ela me ligou e apareceu sua foto, uma felicidade me invadiu. Uma lembrança boa do momento em que fizemos aquela foto e dos outros tantos momentos que já fizemos fotos juntos surgiu na minha cabeça na hora. Acho que esse é um passo legal para os amigos também. Vou fazer isso hoje. Vou colocar a foto de cada um na minha agenda do celular. Hora que tocar vou lembrar no mesmo instante de tudo pelo que passamos juntos. Vai dar aquela vontade de passar tudo de novo. Talvez esse seja o primeiro passo. Talvez eu volte a falar num próximo post dos dois próximos... O importante é ter a certeza que o final será como no Amarcord: todos reunidos, felizes, cantando e dançando uma alegre música italiana. Bem, talvez na minha versão cantando e dançando um popular samba brasileiro!
terça-feira, 13 de maio de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Cris, sou sua fã! O Livro tem que sair... Bjo grande, Lu Savoi
Belo texto, reforça os sentimentos nobres que devemos nutrir um pelo outro, valorizando, sobretudo, a vida, e digo isso em sua plenitude.
Parabéns!
Valmir Caetano
Obrigado por intiresnuyu iformatsiyu
Postar um comentário