Estou em Salvador, na Bahia. Vim para cá, meio que de sopetão, sem muitos planos. Um amigo que vinha comigo desistiu e vim sozinho. Nunca havia feito uma viagem tão sem planejamento como essa. Nunca havia viajado sozinho. Nunca tinha vindo para Salvador.
Certamente vou escrever mais sobre essa cidade, pois é surpreendente. Uma das mais que conheci. Em matéria de viagem, começo o ano com o pé direito. Mas tem algo que gostaria de escrever daqui, com os pés em terras soteropolitanas.
Estive ontem a noite no encerramento do Festival de Verão de Salvador. Dificilmente viria a esse festival em outras circunstâncias, ainda mais sozinho, mas as coisas acontecem como devem e cá estou. O festival por si só é maravilhoso. Em dois dias de evento vi uma quantidade de shows que não vi em três ou quatro anos! Mas vi algo ontem que foi realmente especial.
Antes do começo do show do Capital Inicial, que foi ótimo, a organização do evento preparou um clip de encerramento com imagens maravilhosas da cidade. Junto do clip, estouraram fogos de artifício. Cerca de 20 minutos de fogos. Como se isso não bastasse, a música que foi colocada de fundo, que não vou saber dizer o nome, é uma espécie de ode a Salvador e a Bahia. As sessenta mil pessoas daquele evento cantaram a todo pulmão a letra inteira. Jamais havia visto demonstração tão forte de orgulho a uma cidade. Nesse momento, lágrimas caíram de meus olhos.
Quando vim para cá, brinquei com amigos que eu iria descobrir “o que a baiana tem”! E acho que consegui. As baianas e os baianos têm um orgulho e uma alegria incomparáveis. Orgulho da terra, de Salvador, dos costumes, da música. Alegria em bem atender as pessoas, em serem amáveis, em dar sorrisos. Sou paulista e apaixonado por São Paulo, mas tenho minhas dúvidas se, sessenta mil paulistas reunidos em algum evento na cidade, conseguiriam passar a energia que encontrei por aqui.
Essas duas noites que passei no festival vão entrar para a minha história. Estou muito feliz de poder ter participado de tudo isso. Acho que gostei também de ter vindo sozinho. Esse sentimento que tive por aqui vai ser meu. Emoção como essa talvez eu tenho sentido em mais uma ou duas ocasiões. Mas isso é história para outros posts. Por ora, vou me apresar para o Rio Vermelho ver os preparativos para a festa de Iemanjá, que acontece amanhã.
Um cheiro para vocês!
PS: certamente vou colocar fotos nessa postagem, mas isso eu faço em Limeira.
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3 comentários:
Buá, buá, buá!!!
A vida é realmente uma grande caixa de surpresas. Falamos dessa viagem e desse festival há algum tempo. Esquecemos dele. Eis que, já no fim do túnel, às vésperas do meu adeus, surge a oportunidade de conseguir convites. Volta o sonho da viagem. O acaso (ou seria uma dessas idiotices da vida) derrubou toda a empolgação. Ponto final. Um telefonema faz ressurgir o ânimo.
Eu, por alguns compromissos, acabei vendo-me impedido de viajar (o que é difícil). Sim, sou eu o amigo que desistiu.
Por fim, o Cristiano foi sozinho (ele desejava há tempos fazer uma viagem sozinho). Todos os compromissos que me fizeram desistir da viagem acabaram suspensos. Ou seja: nçao tive nada para fazer. Para piorar, fiquei um pouco doente.
Ainda assim, ao ler esta postagem, fico feliz. Feliz por saber que valeu a pena para o Cristiano. De alguma forma, eu contribui para esse enredo, com todas as idas e vindas narradas anteriormente.
Acho que no fim das contas as coisas são como devem ser. Eu sonhei tanto com uma viagem e estou vendo todas as pessoas queridas viajarem hehehe. Do nada, uma vai para Salvador, outra para Fortaleza... E eu vou ficando. Mas vou ficando feliz. Feliz por todas elas. A alegria delas é a minha alegria.
Tenho certeza que haverá uma outra oportunidade para vivenciar tudo isso que o Cris narrou. E ele, já experiente nisso, poderá ser o guia.
Salvador deve ser du caralho! Um dia ainda vou pra lá!
Cade as fotos????? rsrs
bjo
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