É extremamente comum assistirmos a pessoas de sucesso, grandes atletas e até intelectuais reconhecidos, agradecerem a pais, avós e professores pelo exemplo e incentivo que os fizeram chegar ao reconhecimento em suas áreas. O bom exemplo é uma maneira simples e objetiva de dizer aos outros como você gostaria que as coisas fossem feitas. Geralmente pais, avós e educadores se valem dessa técnica no auxílio a educação de crianças.
Há algumas semanas, cheguei em casa e me deparei com meu pai realmente indignado com a atitude de nosso Presidente Lula, que tratou com descaso o fato de ter sido multado e penalizado com a perda de espaço na propaganda partidária gratuita de 2011. Isso se deu, pois ele e a pré-candidata Dima Roussef (PT) foram condenados pelo TSE após fazerem propaganda eleitoral antecipada. O assunto foi destaque na imprensa nacional.
No dia não dei o valor que o descontentamento de meu pai merecia. Porém esse final de semana, lembrei de um episódio quando ao passar pelo caixa de um estabelecimento comercial fui vítima de autoridades que fingiram em tom de “brincadeira” roubar um dos meus itens. No mesmo momento a indignação de meu pai ficou clara. O que uma criança pensaria vendo uma “brincadeira” como essa partir de homens que na ocasião saíram do local em um veículo oficial? Isso é exemplo que se dê?
Não votei no Lula em nenhuma das eleições das quais ele participou, mas aprendi a admirá-lo. Em diversos aspectos nosso presidente provou ter o domínio da nação e saber se posicionar frente aos mais complicados desafios. Mas desrespeitar a lei sem dar o devido valor a isso não está me agradando. Na semana passada, mais uma vez, a condenação se deu a Lula e Dilma e, mais uma vez, eles agiram como se isso não fosse importante.
Oras meus amigos, se nosso Presidente não sabe como se portar e passa por cima de leis em busca de um objetivo pessoal, porque os cidadãos comuns, como eu ou você, vamos relutar em infringir a lei em busca de benefícios próprios? Não é porque eu tenho dinheiro para pagar uma multa de trânsito, por exemplo, que vou sair por aí dirigindo bêbado. Concordam?
O problema é muito maior do que parece. O brasileiro se acostumou tanto com esse tipo de exemplo que o Lula nos dá, que chegamos a dizer que tal lei “pegou” enquanto outra qualquer “não pegou”. Como assim? Se a lei foi votada e aprovada deve ser cumprida. Nós elegemos nossos governantes para isso. A partir do momento que o Presidente passa a infringir leis sem dar a devida importância a isso, pode-se pensar que a nação inteira está a mercê da anarquia.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
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