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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

C'est la Vie

Os feriados de aniversário das cidades são intrigantes. Enquanto o resto do mundo trabalha, aquele pequeno núcleo de pessoas passa o dia de papo pro ar, a ver navios, deliciando-se em fazer nada. Hoje é aniversário de São Paulo e a cidade está em festa. Da minha janela está dando para ver um passeio ciclístico leve, descontraído, lento. Uma grande avenida foi interditada por causa dele, mas poucos reclamam, afinal, é feriado.

Fora isso, diversas comemorações foram programadas pela cidade para comemorar seus 457 anos. São Paulo é uma cidade única. Quem pouco conhece, detesta. Quem muito conhece, ama. Talvez o amor a primeira vista não seja uma boa estratégia de conquista para São Paulo. Certamente a cidade não poderia ser comparada, por exemplo, à Luana Piovani. Apaixonante a primeira vista porém complicada com o passar do tempo. Eu não a conheço – a Luana! – mas é essa a imagem que a imprensa passa. Talvez São Paulo fosse mais parecida com uma Maria Bethânia. Difícil de se apaixonar a primeira vista, mas conhecendo um pouco da pessoa e do trabalho é impossível abandoná-la. É, acho que é isso.

Eu já morei em São Paulo há anos e gostava da cidade, já comentei isso aqui. Porém só agora estou apaixonado. Não está em meus planos deixar a cidade tão cedo, a não ser que fosse por uma temporada na Europa. Quem sabe uns meses em Londres ou Paris.

A propósito, li ontem que um dos melhores destinos turísticos para 2011 é justamente Londres. A cidade está quase pronta para os Olimpíadas 2012, com hotéis e restaurantes preparados para a avalanche de turistas. Só que eles ainda não estão por lá, o que deixa a cidade extremamente aprazível. Quem já foi para Londres sabe que trata-se de uma das cidades mais bem cuidadas do mundo. Ruas e avenidas, os taxis, os pontos turísticos, o Hyde Park, o British Museum, tudo lá parece que foi desenhado já pensando em ser a cidade mais bela do mundo. Se ela é a mais bela do mundo é questionável, porém inquestionável é que ela está no top 10.

Claro que não podemos comparar cidades como Londres e Paris a Rio de Janeiro e Sidney, por exemplo. As primeiras são lindas, construídas. As segundas são lindas pelo que são, independente das construções. Mas essa história de Londres, Paris, Rio e Sidney fica pra outra hora. Meu foco agora é São Paulo.

Assim como aconteceu com Londres, São Paulo deve passar nos próximos anos por uma série de melhorias visando a Copa 2014 e as Olimpíadas 2016. Os dois eventos irão trazer um fluxo absurdo de turistas para a cidade. O centro velho, que eu já amo, vai ser completamente restaurado. Pontes estão sendo construídas. Museus, hotéis, restaurantes, estádios, metrô, aeroportos, terminais rodoviários, tudo. Isso mesmo, tudo deve passar por melhorias proporcionando uma ótima fase para se morar em São Paulo.

Alguns que estão lendo esse post hoje, dois dias após a última enchente que matou duas pessoas na cidade, devem estar pensando que eu sou louco. Não, eu não sou. Olhando pela janela, a mesma de onde eu vejo o passeio ciclístico, estou vendo um lindo dia de sol, os prédios da avenida Paulista, a ponte Estaiada, a Cidade Universitária, os shoppings Iguatemi, Eldorado e Vila Lobos, o parque Vila Lobos e mais uma série de cartões postais fantásticos da cidade. O único problema em tudo isso, é que essa janela é a da Editora Abril e em pleno feriado estou aqui, trabalhando.

C'est la Vie.


Foto: a Ponte Estaiada, que em pouco tempo se tornou um símbolo da cidade.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Amor em 4 atos – Parte 2

De fato “Mil Perdões” em si é uma novela inteira. Baseado “apenas” nessa música e tendo como trilha “apenas” essa música, o segundo episódio de Amor em 4 atos foi arrebatador. Diálogos rápidos, passagens rápidas e romances rápidos fizeram essa história passar rápido demais. Deu um gostinho de “quero mais” que desde ontem não sai da boca.

A estrela foi Carolina de Ferraz que parece ter reencarnado a sexualidade que ela não interpretava desde que iniciou a carreira. Aliás, ela mantém um corpo de dar inveja a meninas de 25 anos! Foi gostoso vê-la traindo o parceiro de tanto que ela amava ele. Foi gostoso vê-la perdoando o parceiro por ter o traído. Só Chico mesmo é capaz de escrever – e convencer! – com a frase “te perdôo por te trair”.

Pare para pensar. A situação do relacionamento era tão ruim que a traição foi culpa do parceiro. E para uma volta era necessário que o traidor perdoasse o traído! Uma inversão de sentido que na letra do Chico faz todo o sentido. Fantástico!

Eu já tive a oportunidade de assistir ao vivo o Chico interpretando “Mil Perdões”. É apaixonante, perturbador. Foi no show de lançamento de “Carioca”, último trabalho do compositor. Aliás, hoje pela manhã aderi a campanha lançada no Twitter que pede a Globo para transformar a minissérie em 8 atos. Assunto pra isso a obra de Chico Buarque tem de sobra. Puxando rápido pela memória acredito que “Geni e o Zepelim”, “Trocando em Miúdos”, “João e Maria” e “Amor Barato” seriam boas escolhas.

De qualquer maneira esses 4 atos da Globo estão me agradando. Até pela diversidade de roteiro e forma que vimos entre o primeiro e o segundo episódio. Hoje, vamos para o terceiro e último que se desenrola por dois episódios. Depois eu conto o que achei!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Correção

Cacá Rosset: Carlos Eduardo Zilberlicht Rosset, São Paulo, 9 de março de 1955), mais conhecido como Cacá Rosset, é um ator fundador do grupo brasileiro Teatro do Ornitorrinco[1] (juntamente com Maria Alice Vergueiro e Luiz Roberto Galizia). Seus espetáculos sempre atrairam grandes platéias[2], devido ao caráter instigante e revolucionário de suas peças, que mesclavam música ao vivo, circo e representações.

Cacá Diegues: Carlos Diegues, mais conhecido como Cacá Diegues, (Maceió, 19 de maio de 1940) é um premiado cineasta brasileiro. Foi casado com a cantora Nara Leão, com quem teve dois filhos, Isabel e Francisco. É um dos fundadores do Cinema Novo e dirigiu o videoclipe da canção "Exército de um homem só", da banda Engenheiros do Hawaii.

Eu havia me equivocado e trocado o Cacá Rosset pelo Diegues no post abaixo. É, as vezes nos confundimos um pouco! Mas sorte que temos bons amigos de olho no que escrevemos. Valeu Lic!

Amor em 4 atos – Parte 1

As primeiras matérias sobre a possibilidade de a Globo gravar algo baseado nas canções de Chico Buarque deixou os fãs, como eu, extremamente curiosos. Chico, em minha opinião, é a maior inspiração artística nacional desde os idos anos 60. Com competência, personalidade e um carisma inesperado, o tímido arquiteto paulistano se tornou em uma unanimidade nacional ao compor obras como A Banda, Construção, Apesar de Você, Sabiá, Geni e o Zepelin, De todas as maneiras, Cálice, etc, etc, etc. Todas as “etc.” talvez fossem poucas para a extensa obra do músico.

A Globo, apesar de alguns deslizes, é sim uma das maiores produtoras de bom conteúdo do mundo e a única que consegue colocar na tela de forma competente atores e autores em produções 100% nacionais. Já imaginaram a imensidão de minutos de programas que já saíram do Projac empregando milhares de artistas brasileiros do front e do backstage? Palmas para a Globo, principalmente, por incluir Chico Buarque em sua produções.

Vocês sabiam que Chico e a Globo já tiveram sérias desavenças? Certa vez Chico foi convidado para estrelar um programa de auditório ao lado de Nara Leão. Claro que, com a tímida desenvoltura dos dois diante das câmeras, o programa não desenrolou. Chico, para se ver livre do fardo, “acertou” com a diretoria da emissora de inscrever uma canção no Festival de Música que a Globo estava fazendo mas que não estava tendo o mesmo reconhecimento dos antigos festivais da Record. Incomodado e chateado com a situação, Chico compôs “Carolina” de qualquer jeito e a inscreveu. Poucas vezes o compositor foi visto cantando essa música por dizer que havia sido feita “nas cochas”. Eu até que gosto da música.

Mas estou hoje aqui para falar de “Amor em 4 atos”, para ser mais exato, do primeiro ato de “Amor em 4 Atos”. Gostei bastante. Inspirado em “Ela faz cinema” e “Construção” começou meio travado mas a Marjorie Estiano, surpreendentemente, deu conta do recado e, ao lado de Malvino Salvador, convenceu na pele da protagonista. Palmas também para Caca Rosset que brilhou na pele do sírio vendedor de quitutes apaixonado pela voz da Estação Júlio Prestes. Aliás, a locação foi acertada. Realmente morar em frente a essa estação deve ser o máximo e combina perfeitamente com a letra de “Construção”, que indica ter de pano de fundo uma cidade como São Paulo.

Intrigante também foi a forma, que fugiu muito do que estamos acostumados com uma narração sarcástica alinhavava a história contada de maneira fluida e gostosa. Parecia até uma das letras do compositor. Mas uma daquelas letras suaves, sem preocupação política.

O episódio de hoje promete mais. Alinne Moraes deve mandar bem na pele de uma garota de programas que tem “Mil Perdões” como inspiração. Pra falar a verdade, eu não citei acima mas essa música é sem dúvida uma das minhas preferidas.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

De volta às origens

Nem acredito que consegui achar na net o antigo template do meu blog. Essa foi a primeira "cara" dessa página e alguns me falam até hoje que essa é a melhor "cara". Ela voltou!

Vou tentar acertá-la da melhor maneira para incluir algumas coisas que ainda estão faltando mas o principal já está aqui.

Espero que gostem.