Um amigo me disse certa vez que no interior do Brasil existiam fazendas com criação de saci pererê. Outro afirmou que a mãe de um conhecido estava se recuperando de uma operação na próstata. E um terceiro ainda foi capaz de jurar que a rainha-mãe da Inglaterra passou o carnaval desfilando nas escolas de samba do Rio de Janeiro!
O ser humano tem uma capacidade incrível de acreditar no que mais lhe convém. Henrique VIII, rei da Inglaterra por volta do ano 1.500, foi capaz de romper com Roma e fundar o Anglicanismo acreditando em um amor eterno por Ana Bolena. Poucos anos depois, para se livrar da esposa que não lhe "servia" mais, ele acreditou piamente que ela cometeu incesto e o traiu com o próprio irmão. E com mais 100 homens! Ela, o irmão e mais uma meia dúzia de infelizes acabaram decapitados.
Desde criança somos incentivados a agir assim. A bruxa da estória da Branca de Neve acreditava no espelho que lhe falava que ela seria a mulher mais bela do mundo. Somente diante da magnitude de Branca de Neve ele se rendeu a verdade. Como uma bruxa poderia ser a mulher mais bela do mundo? Ela acreditava nisso. Nós crescemos acreditando.
Se eu continuar nessa linha, vamos ter uma longa página de relatos parecidos com estes puxados apenas pela minha memória. Mas acredito que esse post possa servir para uma espécie de reflexão. Pare e pense. Pare e olhe ao redor. Reflita. Será que em nosso trabalho, nas relações amorosas e no ambiente familiar não estamos acreditando no que mais nos convém? Será que não está na hora de sairmos da garrafa para enxergar nosso rótulo. O comodismo é uma arma engatilhada apontada para nossas cabeças. Cabe a cada um de nós evitar que esse gatilho seja puxado.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
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2 comentários:
Você tem toda razão, acreditar no que nos convém... Aliás, você já fez isso, olhar por fora??
Em tempo: acho que todos devemos ter um pouco (um pouco!!!) de Henrique VIII dentro de nós.
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