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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Viva a diversidade

Há duas semanas um colega (e xará!) de trabalho subiu em minha sala comentando sobre blogs. Ele mantém dois blogs, o Golaço e o Banzeiro. Os dois você pode conferir ao lado em “Minha lista de blogs”. Ele tem uma maneira diferente e extravagante de escrever. O Banzeiro, apesar de um pouco desatualizado, é uma festa de idéias, bom texto e opiniões. Imperdível.

Mas na verdade o que me chamou a atenção nesse papo que tive com ele foi sua opinião a respeito dos blogs. Disse algo parecido com isso: “Gosto dos blogs que não ficam presos a determinados assuntos, sem temas específicos. São mais livres, falam o que o autor está pensando no momento”. Concordo plenamente.

Não sou escritor, mas escrevo. Não sou músico, mas falo sobre eles. Não sou artista, mas comento sobre televisão e cinema. Não sou cozinheiro, mas brinco com os sabores. No meu blog você encontra um pouco de tudo. Um pouco até de política! E isso faz do meu blog uma festa da diversidade.

Circulando pelas homes dos principais portais me deu uma vontade de escrever sobre moda. Isso mesmo. Primeiro o Fashion Rio e agora o São Paulo Fashion Week invadiram as primeiras páginas dos sites. Acabo de ver que a grife Cavalera foi buscar inspiração na festa do boi-bumbá para a coleção de inverno. Isso é sensacional. É a vontade do povo suplantando as tendências mundiais.

A moda é uma das expressões mais antigas de estilo e forma de vida da humanidade. Ao longo de toda a sua história ela se transformou e ajudou a transformar os hábitos das pessoas. Se hoje temos Ipanema lotada de mulheres bonitas e sensuais e de homens usando sunga, devemos em parte a Leila Diniz e a Caetano Veloso.

Há alguns anos a moda pulava das passarelas para as ruas. Todas as coleções lançadas por aqui eram um reflexo quase perfeito do que se via em Milão ou Paris. Hoje o inverso acontece. A moda pula das ruas para a passarela. Grupos, tribos e guetos inspiram estilistas que filtram o melhor de cada um, colocam no liquidificador com o melhor dos outros países, e fazem uma moda genuinamente brasileira. Milão, Paris, Nova York e Tókio espiam nossas passarelas para inspirar-se em algo novo.

A moda do Brasil começou exportando supermodelos, passeou e continua passeando pela exportação da moda praia e agora exporta até o famoso “prêt-à-porter”, que nada mais é do que a moda pronta para usar. Da loja para o guarda roupa. Grifes nacionais já caminham pelo novo e velho mundo com sucesso. Alexandre Herchcovitch, Isabela Capeto, Tufi Duek e outros circulam lojas pelos Estados Unidos, Europa e Japão.

A nós brasileiros cabe a felicidade da diversidade. Num país com dimensões continentais como a nosso é fácil encontrar um executivo desfilando um terno Ricardo Almeida lado a lado com um “cluber” lançando uma nova tendência diretamente da Galeria Ouro Fino. Isso para citar apenas exemplos de São Paulo.

E onde o Cristiano Kock Vitta entra nisso tudo? Na prova da diversidade de meu blog que começou o post baseado em um bate papo com ele, que é o editor de esportes do Jornal de Limeira, para acabar falando sobre moda! Não lhe parece óbvia a linha de raciocínio?


Saiba mais: http://www.galeriaourofino.com.br/. Se preferir digite o nome da galeria no Google e leia os primeiros resultados.

Foto: Terra. Desfile Cavalera no SPFW 2009.

1 comentários:

Cris disse...

Pra mim, diversidade é liberdade. Não sei que sentido há em alijar-se da curiosidade e da opinião. O assunto abordado neste post, por exemplo, chama bastante a minha atenção. Evidentemente, como não sou expert, procuro ter bom senso e saber sempre mais sobre moda. Até assisto aos programas da Fashion TV! Por puro prazer de conhecer, porém. Nunca para ser senhor da razão. Descobrir, isso me dá tesão de viver. Abraços, Cris!